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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

REFORMA ÍNTIMA - 4º passo (sugestão)

REFORMA INTIMA - 4º PASSO (SUGESTÃO) – Desapego aos Bens Materiais:
- Antes de mais nada, uma pergunta se faz necessária: precisamos saber de que, realmente, somos donos? ou o que realmente possuímos neste Mundo?
O item 9 do Capítulo XVI de O Evangelho Segundo o Espiritismo nos responde: “... O homem só possui em plena propriedade aquilo que lhe é dado levar deste mundo. Do que encontra ao chegar e deixa ao partir, goza ele enquanto aqui permanece.
Desde, porém, que é forçado a abandonar tudo isso, não tem a posse real das suas riquezas, mas simplesmente, o usufruto.
Que possui ele, então?
Nada do que é de uso do corpo;
Porém possui tudo o que é de uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais. Isso é o que ele traz e leva consigo, o que ninguém lhe pode arrebatar, o que lhe será de muito mais utilidade no outro mundo do que neste.
Depende de ele ser mais rico ao partir do que ao chegar, porque, daquilo que tiver adquirido em bem, resultará a sua posição futura.
Quando um homem vai a um país distante, constitui a sua bagagem de objetos utilizáveis nesse país; não se preocupa com os que ali lhe seriam inúteis. Procedei do mesmo modo com relação à vida futura e fazei provisão de tudo quanto ali vos possais utilizar.
Ao viajante que chega a um albergue, lhe é oferecido bom alojamento, desde que possa pagar. A outro, de recursos mais modestos, toca um menos agradável. Quanto ao que nada tenha de seu, vai dormir sobre a palha. Assim acontece com o homem, à sua chegada no mundo dos Espíritos; seu lugar ali está subordinado aos seus haveres (bens da alma).
Não será, todavia, com o seu ouro que ele o pagará. Ninguém lhe perguntará: “Quanto tínheis na Terra?” “Que posição ocupava?” “Eras príncipe ou operário?”
Perguntar-lhe-ão: “Que trazes contigo?”
Não se avaliarão os seus bens, nem os seus títulos, mas a soma das virtudes que possua. Ora, sob esse aspecto, o operário pode ser mais rico do que o príncipe.
Em vão alegará que antes de partir da Terra pagou a peso de ouro a sua entrada no outro mundo. Responder-lhe-ão: Os lugares aqui não se compram: conquistam-se por meio da prática do bem.
Com a moeda terrestre pudeste comprar campos, casas, palácios; aqui, tudo se paga com as qualidades do coração. És rico dessas qualidades? Sê bem-vindo e vai para um dos lugares da primeira categoria, onde te esperam todas as venturas. És pobre delas? Vai para um dos da última, onde serás tratado de acordo com os teus haveres. Pascal. (Genebra. 1860.)
Os bens da Terra pertencem a Deus, que os distribui à vontade, não sendo o homem senão o usufrutuário, o administrador mais ou menos íntegro e inteligente desses bens. [E Já foi dito há muito tempo que “cada um prestará conta da sua administração”...]
Tanto eles não constituem propriedade individual do homem, que Deus anula freqüentemente todas as previsões, o que faz a riqueza escapar daquele que se julga com os melhores títulos para possuí-la...
14-XVI/Evang. Seg. o Esp – Desprendimento dos bens terrenos – Venho, meus irmãos, meus amigos, trazer-vos o meu óbolo, a fim de vos ajudar a avançar, com desassombro, pela senda do aperfeiçoamento em que entrastes. Nós nos devemos uns aos outros. A regeneração só será possível mediante a união sincera e fraternal entre os Espíritos e os encarnados.
O amor aos bens terrenos é um dos mais fortes entraves ao vosso adiantamento moral e espiritual.
Pelo apego à posse de tais bens, destruís as vossas faculdades de amar, ao aplicá-las todas às coisas materiais.
Sede sinceros: a riqueza proporciona uma felicidade sem mescla?
Quando vossos cofres estão cheios, não há sempre um vazio no vosso coração?
No fundo dessa cesta de flores não há sempre um réptil a ocultar-se?
Compreendo o homem que, por meio de trabalho honrado e assíduo, ganhou uma fortuna; mas dessa satisfação, muito natural e que Deus aprova, a um apego que absorve todos os outros sentimentos e paralisa os impulsos do coração vai grande distância, tão grande quanto a que separa a prodigalidade exagerada da sórdida avareza.
Dois vícios entre quais Deus colocou a caridade, santa e salutar virtude que ensina o rico a dar sem ostentação, para que o pobre recebe sem baixeza.
Quer a fortuna vos tenha vindo da vossa família, quer a tenhais ganho com o vosso trabalho, há uma coisa que não deveis esquecer jamais: é que tudo vem de Deus, tudo retorna a Deus. Nada vos pertence na Terra, nem mesmo o vosso corpo: a morte vos despoja dele, como de todos os bens materiais.
Sois depositários e não proprietários, não vos iludais. Deus vos emprestou, tendes que lhe restituir: e Ele vos empresta com a condição de que o supérfluo, pelo menos, reverta em favor dos que não têm sequer o necessário.
Um dos vossos amigos vos empresta certa quantia. Por pouco honesto que sejais, fazeis questão de restituí-la escrupulosamente e lhe ficais agradecido. Pois bem: essa é a posição de todo homem rico. Deus é o amigo celestial, que lhe emprestou a riqueza: Ele não pede para si mais do que o amor e o reconhecimento do rico, exigindo deste, porém, que por sua vez dê aos pobres, visto que, são seus filhos, tanto quanto ele.
Os bens que Deus vos confiou despertam nos vossos corações, ardente e desvairada cobiça. Já pensaste, quando vos apegais imoderadamente a uma riqueza perecível e passageira como vós mesmos, que um dia tereis de prestar contas ao Senhor daquilo que vos veio dele?
Esqueceis que, pela riqueza, vos revestistes do caráter sagrado de ministros da caridade na
Terra, para serdes os seus dispensadores inteligentes?
Quando usais somente em vosso proveito aquilo que vos foi confiado, que sois, senão depositários infiéis?
A morte, inflexível, inexorável, rasga o véu sob o qual vos ocultáveis e vos força a prestar contas ao amigo que vos favorecera e que nesse momento enverga diante de vós a toga de juiz.
É em vão que procurais iludir-vos na Terra, colorindo com o nome de virtude o que muitas vezes não passa de egoísmo.
Em vão chamais economia e previdência ao que é apenas cupidez e avareza, ou generosidade ao que não passa de prodigalidade em proveito vosso.

“...Todo aquele que possui o supérfluo, está, de certa forma, tirando de alguém que não tem o necessário e por isso mesmo é usurpador...”
Claro que, enquanto estivermos por aqui, precisamos usar os bens terrenos para satisfação de nossas necessidades de sobrevivência do corpo. Dessa sobrevivência depende a execução do programa a que cada um vem executar para o seu próprio progresso.
Então, cada um precisa do necessário e é aí que a coisa complica porque se torna difícil estabelecer os limites do necessário, segundo o entendimento de todos.
Ninguém, em sã consciência Cristã, necessita do Supérfluo. E que é o supérfluo?
Não é muito difícil conhecermos o que é necessário e o que é o supérfluo, se, para tanto, tomarmos para modelo de conduta e de sobrevivência, o exemplo de Espíritos Superiores que já estiveram entre nós:
O primeiro e o maior deles, passado por aqui, neste Planeta, é Jesus. Basta perguntarmos o que seria necessário para Ele naquela época que renteou conosco as necessidades do corpo?
Mesmo que os tempos de hoje, são outros com outras necessidades, imagino que se o tempo de Jesus fosse hoje, as suas necessidades de sobrevivência seriam as estritamente necessárias.
Perguntemos e cada um responde por si mesmo.
Jesus tinha um guarda-roupa com várias peças? Que tipo de calçado usava? [sandálias, mas não havaianas].
Jesus possuía bens de valor? Imóveis? Animais de propriedade? {“...Na sua entrada triunfal em Jerusalém, precisou de tomar emprestado um jumentinho...”]
Jesus andava com dinheiro? [nem precisava, porque ele multiplicou pães e peixes]
Jesus tinha casa própria? [imagine! {Ele é governador do planeta, portanto, Senhor do Mundo que vivemos}
Jesus, pelo que sei, não tinha nada ou quase nada de bens terrenos (materiais). Todavia, hão de se perguntar? Mas Jesus era, ou melhor, é Jesus!!
Então citamos outros menores que Jesus, suponho, perdoe-me se me se tiver equivocado.
Francisco de Assis nasceu em berço de ouro, porém, decidiu, quando percebeu que seu pai era escravo dos bens materiais, sair nu de casa, devolvendo inclusive a roupa que o pai lhe comprara. Saiu nu, isso mesmo!
Claro que ele não passou a viver pelado! Contudo passou a viver da maneira mais simples que lhe era possível e que não atentasse ao pudor!
Francisco de Assis não tinha nada ou quase nada deste Mundo. Assim como Jesus, ou melhor, a exemplo de Jesus tinha virtudes, sabedoria e amor, amor altruístico, universal.
Francisco de Paula Cândido Xavier, o Chico Xavier, como era popularmente conhecido, o homem santo, o homem amor, o homem caridade, simplicidade, abnegação, humildade, sobrevivia com irrisório salário que mal dava para remediar sua sobrevivência enquanto no corpo físico!
Esses Espíritos deixaram rastros de bondade, caridade, humildade, de abnegação e doaram a Humanidade bens valorosos como exemplos de dignidade, sabedoria e amor ao próximo mais que qualquer de todos os potentados que já pisaram este Planeta!
Não é muito difícil saber que aquela peça de roupa que está sem uso há mais de seis meses, ou aquele par de sapatos com o mesmo tempo ou mais em desuso ou aquele livro que é só consultado apenas pelas traças e ainda não pelos cupins porque assim já teria virado farinha de celulose ou de terra e mais aqueles outros bens que apenas ocupam espaço ocioso, mas tem de estar ali, sem contar os bens que se pagam locação ou segurança para constar do cadastros de nossos bens (investimentos) são, pois, assim considerados supérfluos.
A questão não é simplesmente possuir, mas administrar em favor da sua sobrevivência e da do próximo. Possuir, mas não ser escravo do que possui. Lá trás, foi dito que não somos dono de nada, mas depositário fiel ou infiel de bens e valores que Deus pedirá conta, um dia, do que fizemos com eles: os bens supérfluos que são aqueles além das nossas necessidades corporais...
Se eu tenho dois pares de sapatos, mas só posso usar um par de cada vez. Qual a justificativa de ter dois? Quando um par acaba eu compro outro! O outro par que está estocado não supérfluo? Se eu tenho dois, é possível que alguém esteja sem nenhum par... Tem gente que não concordará comigo sobre o que é necessário e o que é supérfluo, mas antes de me contestar, consulte o seu egoísmo e o seu orgulho, primeiro, e depois me conteste.
Não se condena o uso, mas, sim, o abuso, o excesso, os quais, dentro dos princípios Cristãos não têm razão de ser.
Que cada um que tenha o supérfluo, Procure dar uma aplicação útil a tudo que detém temporariamente e estará isento de ser admoestado pelo verdadeiro proprietário de tudo desde mundo, que é Deus, quando for dar conta de sua administração e dos bens dos quais foi depositário.